No cenário acadêmico, um episódio perturbador envolvendo um professor judeu e estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) gerou controvérsia e preocupação.
Durante uma palestra sobre empreendedorismo em Israel, o cientista político especializado em Oriente Médio e Segurança Nacional, André Lajst, foi alvo de acusações de “nazismo” por parte de alunos ligados ao Diretório Central dos Estudantes (DCE).
O desdobramento desse incidente revela a importância do respeito à diversidade de opiniões e a necessidade de combater discursos de ódio nas instituições de ensino.
O Caso
Durante a palestra na Ufam, André Lajst foi hostilizado por manifestantes que o acusaram de “nazismo” e fizeram alegações infundadas sobre sua suposta defesa ao genocídio palestino. A situação, amplamente condenada, gerou indignação e preocupação quanto à escalada da intolerância e à disseminação de informações falsas.
A Busca por Justiça
Diante das acusações infundadas e da hostilidade vivenciada, André Lajst anunciou sua intenção de processar os estudantes por difamação. O professor ressaltou que a difamação não apenas prejudica sua imagem, mas também incita o ódio, o qual pode se transformar em violência física. Nesse contexto, ele acredita que a responsabilização dos agressores é essencial para coibir tais comportamentos no Brasil.
Manifestações e Consequências
Os estudantes envolvidos na manifestação pertenciam ao DCE e se concentraram do lado de fora do evento com cartazes, bandeiras da Palestina e megafones. Essa atitude gerou um clima hostil e impediu a livre expressão do palestrante. A manifestação também teve consequências físicas, resultando em ferimentos em uma servidora da universidade e na detenção de um manifestante.
Repúdio e Solidariedade
A StandWithUs Brasil, organização educacional presidida por André Lajst, emitiu uma nota de repúdio às ações antissemitas e violentas durante a palestra. A instituição destacou a importância da pluralidade e liberdade de pensamento em ambientes acadêmicos. Além disso, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) também se manifestou, condenando a violência dos manifestantes e demonstrando solidariedade à funcionária agredida.
O caso envolvendo o professor André Lajst na Ufam ressalta a necessidade de respeito à diversidade de opiniões e o perigo da disseminação de discursos de ódio em ambientes acadêmicos. A busca por justiça através do processo legal e o repúdio por parte de organizações e instituições mostram a importância de combater ativamente atos de difamação e intolerância. O episódio também destaca a relevância da educação para o respeito mútuo e a liberdade de expressão como pilares fundamentais de uma sociedade democrática e inclusiva.